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domingo, 23 de maio de 2010

O CHE GUEVARA ENXADRISTA


O argentino Ernesto Che Guevara foi incluído no Livro de Ouro da FIDE e nomeado Cavalheiro da FIDE. Estas duas altíssimas distinções da Federação Internacional são um reconhecimento ao aporte que Che Guevara fez ao desenvolvimento do Xadrez cubano e latino-americano.

Conhecedor do papel do Jogo Ciência como um eficaz meio de educação e formação do intelecto do homem, Che foi um fervoroso amante do Xadrez e chegou a ser, apesar de suas diversas ocupações, um forte enxadrista.

Assíduo visitante de eventos enxadrísticos celebrados na capital cubana, constituiu-se sempre em uma fonte de apoio e de estímulo para os jogadores cubanos em cada rodada dos Torneios Capablanca "in Memoriam".

Sua alta responsabilidade dentro do Governo cubano teve influência no apoio oficial que o xadrez recebeu desde 1959 e, junto com uma correta política desportiva dirigida à massificação do Jogo Ciência em toda a ilha, possibilitaram o desenvolvimento quantitativo e qualitativo do Xadrez nacional.

Como impulsionador do Xadrez cubano, contribuiu com o apoio necessário para a organização em Cuba de diferentes eventos internacionais que contaram sempre com a participação de jogadores de toda a América.

Nos Torneios Capablanca "in Memoriam", Campeonatos Pan-americanos e na Olimpíada Mundial de 1966, participaram -e participam- destacados jogadores de toda a América, os quais, conjuntamente com os enxadristas cubanos da década de 60, influíram decisivamente no desenvolvimento do Xadrez em seus respectivos países.

Já no começo da década de 60, Che profetizou que Cuba teria Grandes Mestres como resultado da obra da Revolução e, poucos anos depois de sua desaparição física, seus prognósticos se fizeram realidade com a norma alcançada por Silvino García.

Hoje em dia, pode-se afirmar que nos 10 títulos de Grande Mestre, nos trinta e tantos de Mestre Internacional, no Campeonato Mundial Juvenil conquistado por Walter Arencibia, entre outros triunfos do Xadrez cubano, está presente a obra de Che.

Quando foi celebrado em La Habana o primeiro Torneio Capablanca in Memoriam, em 1962, onde resultou ganhador seu conterrâneo Miguel Najdorf, Che manifestou:

"Neste momento de confrontações mundiais, que se devem a sistemas ideológicos muito distintos, o Xadrez pode e é capaz de aglutinar pessoas de países com sistemas políticos diferentes“.

MI Nelson Pinal

Fonte: torre21.com

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